quarta-feira, 25 de maio de 2011

Açores: Parte VI - Nordeste

Na tarde do segundo dia, deixámos o concelho da Povoação para trás e seguimos em direcção ao Nordeste.
Este concelho, outrora esquecido pelos turistas e pelos próprios habitantes da ilha, devido ao difícil acesso, era conhecido como a décima ilha dos Açores.

Uns dos principais pontos de atracção do Nordeste são os seus miradouros onde podemos contemplar a grandeza do Oceano Atlântico.
Para quem vem da Povoação, o primeiro miradouro que encontramos é o da Ponta da Madrugada.




A poucos quilómetros encontramos outro miradouro ainda mais bonito que o anterior, o da Ponta do Sossego.





O que se diz sobre o tempo nos Açores – que num dia passam as 4 estações do ano – foi-nos comprovado neste dia pois, de manhã, no Parque Terra Nostra estava de chuva e à tarde esteve um sol fantástico :)

Depois desta visita aos miradouros fomos até ao Farol do Arnel o que se revelou uma aventura pois a estrada para lá chegar é literalmente a pique!



Finalmente chegamos ao centro do Nordeste mas visitamos muito pouco. Apenas tivemos tempo de conhecer a igreja matriz e a Ponte de Sete Arcos.




Terminamos a nossa viagem pelo Nordeste no belíssimo Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões.





sábado, 14 de maio de 2011

Açores: Parte V - Povoação (Furnas)

No 2º dia estava destinado irmos às Furnas para provar o mais emblemático prato da ilha - o famoso cozido à Portuguesa, cozinhado nas caldeiras naturais da Lagoa das Furnas. Este prato é inédito pois os vários ingredientes do cozido são colocados numa panela, que é enterrada no solo junto às caldeiras, levando cerca de cinco horas a serem cozinhados pelo calor natural emanado da actividade vulcânica.

As Furnas ficam no concelho da Povoação assim como as restantes atracções que tínhamos planeado ver na manhã do 2º dia: as Caldeiras e Lagoa das Furnas e o Parque Terra Nostra.
Começamos o dia pelo Parque Terra Nostra, fomos tão cedo que ainda tivemos de esperar que o parque abrisse, o que só aconteceu às 10h00 :)

Este parque pertence ao Hotel Terra Nostra e como tal tivemos de pagar bilhete para entrar, 5€ por pessoa mas este foi o único sítio nos Açores onde tivemos de pagar bilhete!!
O Parque Terra Nostra tem mais de dois séculos de vida e foi fundado pelo então Cônsul dos EUA em São Miguel, Thomas Hickling, que aí construiu a sua residência de Verão.
A principal atracção deste parque é a piscina de água quente férrea que proporciona tratamentos medicinais. Um autêntico SPA a céu aberto!


Percorrendo o trilho do parque encontrámos uma vasta variedade de plantas endémicas, fetos, flores, lagos, árvores de todas as espécies…




Passámos a manhã no Parque Terra Nostra e depois seguimos até ao “Restaurante O Miroma” onde já tínhamos feito a reserva no dia anterior e combinado ir com os responsáveis do restaurante para ver o nosso cozido a sair das furnas.


Antes de almoço ainda tivemos tempo de conhecer a Lagoa das Furnas.




O “Restaurante O Miroma” é um restaurante muito simpático e familiar, pertencente a um português do continente que casou com uma açoriana, que tinha sido a sua madrinha de guerra. Esta história foi-nos contada pelo próprio filho do casal, no caminho entre as Furnas e o restaurante :)





Enquanto esperávamos que o cozido fosse trinchado, nada como saborear os típicos queijos dos Açores. Aliás, queijo é uma entrada obrigatória em qualquer restaurante da ilha!


E finalmente chegou o tão aguardado cozido, muito bom por sinal! Confesso que estávamos um pouco receosos devido aos comentários, de quem já o tinha experimentado, pois dizem que se nota o sabor a enxofre, característico das furnas. Eu cá não sei se era do enxofre mas realmente o cozido tinha um sabor único e original mas muito, mesmo muito saboroso!
Uma curiosidade deste cozido, que o diferencia do tradicional cozido, é o facto de este, para além da batata normal, ser acompanhado de batata doce e inhame, um alimento típico das Furnas.




Para acompanhar o cozido, seguimos o conselho do pessoal do restaurante e experimentamos um sumo típico dos Açores – KIMA – um refrigerante de maracujá delicioso (não sei como não temos disto no continente!).


Depois de estarmos de barriga cheia, fomos conhecer as outras Caldeiras das Furnas, para assim terminarmos a nossa viagem pela Povoação e seguimos em direcção ao concelho do Nordeste.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Açores: Parte IV - O Hotel

O hotel seleccionado para a nossa estadia em Ponta Delgada foi o Hotel do Colégio.


Uma das razões desta escolha foi o factor preço pois, dentro dos hotéis de 4 estrelas, este era um dos mais económicos. Mas a principal razão da preferência pelo Hotel do Colégio prendeu-se com o conselho dado pela senhora da agência de viagens que já lá tinha estado hospedada e falou maravilhas do hotel, principalmente sobre a sua localização pois fica situado bem no centro de Ponta Delgada, numa das ruas típicas desta cidade.


O nome “Hotel do Colégio” deriva do colégio ”A colmeia” que, desde os meados do sec. XX e até recentemente, funcionou nos baixos do edifício. Na decoração do hotel é possível descobrir vestígios que denunciam a existência do colégio noutros tempos.



O próprio restaurante do Hotel chama-se Restaurante “A Colmeia”, um restaurante gourmet de referência em Ponta Delgada (muito bom por sinal!!!).



Assumindo-se como Janela da Essência e Alma Açoriana, o Hotel do Colégio tem traços arquitectónicos do séc. XIX e pormenores a influência do trabalho em cantaria de basalto local, praticado nesses tempos.



Em tempos foi residência de figuras ilustres como o ex-presidente da Republica Portuguesa Marechal Gomes da Costa, destacado para os Açores por razões políticas.


No geral o hotel foi da nossa satisfação: atendimento excelente, boas instalações, limpo, sossegado e o pequeno-almoço não deixou a desejar. No entanto, julgo que para hotel de 4* já necessita de algumas remodelações.




 
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